Como no conto atual vou colocar muitos personagens, Decidi criar também oque chamo de “Diários” . Neles vocês vão conhecer um pouco mais sobre cada um que colocarei nesse enredo.
Curiosidade: Cada diário contara a vida toda do personagem mas postarei uma pagina dele, depois dois capítulos e depois uma pagina...
Espero que gostem do Primeiro Diário. Ele conta a vida do personagem principal do meu atual conto...
Obrigado!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Diários!
Diário 1
Diego
É difícil contar muita coisa de min.
Nasci dia: 12/07/86, as vinte e trés horas e quarenta e oito minutos.
Talvez o dia mais feliz do meu pai. O quinto entre oito irmãos e o primeiro a ter um menino como filho.
Naquela quarta-feira ele estava viajando com seu caminhão de carga para fazer uma entrega de soja a algumas cidades daqui. Mas voltou para me ver assim que terminou o trabalho.
Minha mãe sempre me disse que meu pai só pode me ver cinco dias depois de eu ter nascido e na primeira vez que ele me viu, ele estava eufórico e não parava de sorrir.
Nunca acreditei nisso.
Na primeira vez que ele me viu,ele tinha preça.
Preça de ter seu melhor amigo nos braços, preça de sentir o cheiro do filho que já avia nascido a tanto tempo.
Ele não conseguia acreditar no fato de ter perdido tanto tempo da minha vida, não conseguia acreditar que seu filho já estava a cinco dias naquele mundo sem um pai para mostra-lo.
Ele me abraçava com tanto cuidado. Era possível ver o medo que ele tinha de sem querer “quebrar” aquele bebê tão pequeno.
Mas mesmo assim eu podia sentir firmeza nos braços dele. Podia me balançar para qualquer lado que quisesse. Eu sei que nunca me deixaria cair.
Os braços do meu pai emitiam um calor e um conforto incrível e um cheiro embriagante que deixava qualquer pessoa que encostasse sua cabeça nele, sentir uma paz e uma alegria indescritível.
Aquele cheiro.
Ninguém conseguia sentir conscientemente aquele cheiro, ao menos que se esforçasse bastante e mesmo assim, não conseguiria dar nome aquele perfume natural que ele tinha.
Seu primeiro filho.
Meu pai mais do que ninguém queria me ver crescer, queria ver o filho dele ser a melhor pessoa do mundo e prometia com palavras mudas ser o melhor pai também.
Ele se esforçou para cumprir cada uma de suas promessas. Mas eu não pude ser a melhor pessoa do mundo... E ele jamais conseguiria ser o melhor pai também.
Depois de alguns anos, mostrou que jamais poderia ser se quer um pai...
Diego
É difícil contar muita coisa de min.
Nasci dia: 12/07/86, as vinte e trés horas e quarenta e oito minutos.
Talvez o dia mais feliz do meu pai. O quinto entre oito irmãos e o primeiro a ter um menino como filho.
Naquela quarta-feira ele estava viajando com seu caminhão de carga para fazer uma entrega de soja a algumas cidades daqui. Mas voltou para me ver assim que terminou o trabalho.
Minha mãe sempre me disse que meu pai só pode me ver cinco dias depois de eu ter nascido e na primeira vez que ele me viu, ele estava eufórico e não parava de sorrir.
Nunca acreditei nisso.
Na primeira vez que ele me viu,ele tinha preça.
Preça de ter seu melhor amigo nos braços, preça de sentir o cheiro do filho que já avia nascido a tanto tempo.
Ele não conseguia acreditar no fato de ter perdido tanto tempo da minha vida, não conseguia acreditar que seu filho já estava a cinco dias naquele mundo sem um pai para mostra-lo.
Ele me abraçava com tanto cuidado. Era possível ver o medo que ele tinha de sem querer “quebrar” aquele bebê tão pequeno.
Mas mesmo assim eu podia sentir firmeza nos braços dele. Podia me balançar para qualquer lado que quisesse. Eu sei que nunca me deixaria cair.
Os braços do meu pai emitiam um calor e um conforto incrível e um cheiro embriagante que deixava qualquer pessoa que encostasse sua cabeça nele, sentir uma paz e uma alegria indescritível.
Aquele cheiro.
Ninguém conseguia sentir conscientemente aquele cheiro, ao menos que se esforçasse bastante e mesmo assim, não conseguiria dar nome aquele perfume natural que ele tinha.
Seu primeiro filho.
Meu pai mais do que ninguém queria me ver crescer, queria ver o filho dele ser a melhor pessoa do mundo e prometia com palavras mudas ser o melhor pai também.
Ele se esforçou para cumprir cada uma de suas promessas. Mas eu não pude ser a melhor pessoa do mundo... E ele jamais conseguiria ser o melhor pai também.
Depois de alguns anos, mostrou que jamais poderia ser se quer um pai...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Nunca acordar!
Segundo transe
Nunca acordar?
O alicate apertava cada vez mais sua coxa. Fazendo a pele branca de Bianca passar de vermelho a um roxo enegrecido.
Segurava o colchão com as unhas e mordia os lábios com força para evitar que algum grito ecoasse pela casa (Se você gritar alguem pode ouvi e chamar a policia).
As lagrimas escoriam pelos olhos e o sangue pelo lábio. “A quantas horas estava da quele jeito?”, “porque não conseguiu evitar tudo isso?”. Era fácil para ela. Sempre soube lhe dar com as pessoas, sempre estudou para isso, sempre cresceu analisando os outros pra poder se defender de coisas ridículas como essas. Mas foi inevitável, algo a levou a isso, algo a levou a essa dor, só não queria culpar ninguém, queria culpar a si mesma por isso (Eu me deixei levar. Eu aceitei isso).
O sangue agora também escoria de sua coxa e a dor cada vez mais forte tornava inevitável os gemidos e a respiração acelerada do agressor.
“Prazer”
Era ridículo saber que alguem sentia prazer com aquilo, que sentia prazer com tanto sofrimento.
“Ridículo”
Estava usando muito esta palavra nos últimos anos.
“Ridículo”
Será que tudo no mundo estava se tornando ridículo, ou ela já avia usado tanto aquela palavra que sua mente já não tinha mais noção verdadeira do significado?
“Palavras”
(Somente um conjunto de sons que nos obrigam a entender o mundo de uma forma padronizada, impedindo que aceitemos novas formas ou idéias que não se encaixem com tais padrões, e nos fazendo aceitar qualquer coisa que nos é imposta, contanto que por minima que seja se enquadre com tais conjuntos de regras que já tenhamos recebido.)
“Silencio”
(O homem não e mais capas de entender as coisas por instinto ou sensações. Está acomodado demais e agora só entende as “regras dos padrões” que são baseadas somente nas palavras)
“Silencio”
(Até mesmo os sons não são mais compreendidos pelas pessoas. Se um som não se enquadrar com uma palavra ou escrita já criada, ele simplesmente é ignorada ou vista como “incorreto”)
“Incorreto”
(Quando as pessoas colocam algo como “incorreto”,simplesmente acham que não é necessário e o ignoram, conseqüentemente se algo que é ignorado surge de surpresa, é visto com espanto ou medo...As pessoas tendem a destruir tudo aquilo que temem ou as surpreendem de uma forma que as fação perder mesmo que por um momento o controle da situação.)
“Raiva”
-Não acredito que to pensando nisso, numa hora dessas.
Bianca soltou o alicate e a pele devagar se desgrudou dos dentes da ferramenta, causando um ardor que a fez respirar fundo. Limpou o sangue dos lábios com a linguá e com os dedos limpou o sangue que escoria da ferida na coxa e os levou a boca.
A Mais de trés anos ela vinha fazendo isso e apesar de tentar se tratar,de alguma forma, sempre se via fazendo a mesma coisa pela manhã ou antes de dormir.
-Você tem que parar com isso menina!-Bianca falava olhando para o alicate que a observava mordendo os lábios e se arrastando disfarçadamente para mais um beijo.- Suas pernas estão ficando todas marcadas!-O alicate deitou sua cabeça nas coxas de Bianca e com carinho as acariciou com os lábios, depois mostrou suas intenções, passando a linguá entre as feridas já cicatrizadas.
Bianca deu um leve gemido e quase cedeu ao sádico beijo, mas a razão a puxou de volta com uma corda que foi lançada por cima de seu pescoço, quase a sufocando e a lembrando de suas obrigações.
Olhou para o relógio e viu que já passava das dez.
-Você tem trabalho a fazer menina, eles estão precisando de você!
Estava atrasada para o trabalho, seu primeiro paciente chegaria em quarenta minutos ao seu consultório e ela ainda nem avia saído de casa.
-Um bom psicologo não pode deixar de atender seu paciente.
Bianca riu ao se ver naquela situação.
Nunca acordar?
O alicate apertava cada vez mais sua coxa. Fazendo a pele branca de Bianca passar de vermelho a um roxo enegrecido.
Segurava o colchão com as unhas e mordia os lábios com força para evitar que algum grito ecoasse pela casa (Se você gritar alguem pode ouvi e chamar a policia).
As lagrimas escoriam pelos olhos e o sangue pelo lábio. “A quantas horas estava da quele jeito?”, “porque não conseguiu evitar tudo isso?”. Era fácil para ela. Sempre soube lhe dar com as pessoas, sempre estudou para isso, sempre cresceu analisando os outros pra poder se defender de coisas ridículas como essas. Mas foi inevitável, algo a levou a isso, algo a levou a essa dor, só não queria culpar ninguém, queria culpar a si mesma por isso (Eu me deixei levar. Eu aceitei isso).
O sangue agora também escoria de sua coxa e a dor cada vez mais forte tornava inevitável os gemidos e a respiração acelerada do agressor.
“Prazer”
Era ridículo saber que alguem sentia prazer com aquilo, que sentia prazer com tanto sofrimento.
“Ridículo”
Estava usando muito esta palavra nos últimos anos.
“Ridículo”
Será que tudo no mundo estava se tornando ridículo, ou ela já avia usado tanto aquela palavra que sua mente já não tinha mais noção verdadeira do significado?
“Palavras”
(Somente um conjunto de sons que nos obrigam a entender o mundo de uma forma padronizada, impedindo que aceitemos novas formas ou idéias que não se encaixem com tais padrões, e nos fazendo aceitar qualquer coisa que nos é imposta, contanto que por minima que seja se enquadre com tais conjuntos de regras que já tenhamos recebido.)
“Silencio”
(O homem não e mais capas de entender as coisas por instinto ou sensações. Está acomodado demais e agora só entende as “regras dos padrões” que são baseadas somente nas palavras)
“Silencio”
(Até mesmo os sons não são mais compreendidos pelas pessoas. Se um som não se enquadrar com uma palavra ou escrita já criada, ele simplesmente é ignorada ou vista como “incorreto”)
“Incorreto”
(Quando as pessoas colocam algo como “incorreto”,simplesmente acham que não é necessário e o ignoram, conseqüentemente se algo que é ignorado surge de surpresa, é visto com espanto ou medo...As pessoas tendem a destruir tudo aquilo que temem ou as surpreendem de uma forma que as fação perder mesmo que por um momento o controle da situação.)
“Raiva”
-Não acredito que to pensando nisso, numa hora dessas.
Bianca soltou o alicate e a pele devagar se desgrudou dos dentes da ferramenta, causando um ardor que a fez respirar fundo. Limpou o sangue dos lábios com a linguá e com os dedos limpou o sangue que escoria da ferida na coxa e os levou a boca.
A Mais de trés anos ela vinha fazendo isso e apesar de tentar se tratar,de alguma forma, sempre se via fazendo a mesma coisa pela manhã ou antes de dormir.
-Você tem que parar com isso menina!-Bianca falava olhando para o alicate que a observava mordendo os lábios e se arrastando disfarçadamente para mais um beijo.- Suas pernas estão ficando todas marcadas!-O alicate deitou sua cabeça nas coxas de Bianca e com carinho as acariciou com os lábios, depois mostrou suas intenções, passando a linguá entre as feridas já cicatrizadas.
Bianca deu um leve gemido e quase cedeu ao sádico beijo, mas a razão a puxou de volta com uma corda que foi lançada por cima de seu pescoço, quase a sufocando e a lembrando de suas obrigações.
Olhou para o relógio e viu que já passava das dez.
-Você tem trabalho a fazer menina, eles estão precisando de você!
Estava atrasada para o trabalho, seu primeiro paciente chegaria em quarenta minutos ao seu consultório e ela ainda nem avia saído de casa.
-Um bom psicologo não pode deixar de atender seu paciente.
Bianca riu ao se ver naquela situação.
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